sexta-feira, outubro 27

o amor

esse não sei o quê
que nasce não se onde
e cresce não sei por quê.

quinta-feira, outubro 5

há muitas formas de sorrir. uma só pra ser feliz.

e por falar em procurar, a gente, sempre e de uma hora pra outra, acaba achando.

acha aquela nota de um real no bolso da bermuda do último acampamento;
acha pra comprar aquela blusa ideal;
acha uma amiga querida no meio da multidão.
a gente acha o significado de uma palavra no dicionário;
acha que engordou;
acha que é sozinha
e acha que nunca mais vai ser feliz.
Aí, nessa hora, a gente acha um motivo pra sorrir,
acha um cacho pra sentir
e acha que nem merece tanto presente da vida.

A gente acha que procurando vai encontrar alguma coisa e eis que a vida te faz ser achada.

domingo, outubro 1

aparência.

quando disserem que eu não ando bem da cabeça, digam apenas:
ela é assim mesmo, vê o mundo como uma criança.

(o que não quer dizer que eu não sou grande)

quarta-feira, agosto 30

pra não dizer que não falei das flores.

acho o cartão infinitamente mais especial do que as rosas:
qualquer um pode comprar um belo buquê na floricultura, mas só quem conseguir juntar uma alma sensível com uma mente inteligente conseguirá escrever um belo cartão. e, além de tudo, ele não morre três dias depois.

terça-feira, agosto 29

rasgando a embalagem.

Prefiro um olhar forte e que me faça tremer, a um olho bonito que me faça admirar.

terça-feira, agosto 22

foram ver o filme - 1,99

"É um filme sobre
o individualismo regado a prozac,
a felicidade nutrida pela nintendo,
a memória gerenciada pela microsoft
e a consciência controlada pela CNN."

Assistam!
Aproveitem a pechincha!

domingo, agosto 13

tudo passa.

a hora mais triste é quando a gente percebe que tem que acabar com o amor, mas não temos força de matá-lo.

sexta-feira, agosto 11

cabeça dura.

Estou com uma dor de cabeça desgraçada e acabei lembrando de um fato lamentável:
Quando eu tinha um ano e meio, a minha eficiente babá resolveu brincar comigo de cavalinho. Me colocou em seu ombro e resolveu sair pelo longo corredor típico das casas antigas de interior. Mas eis que a égua resolveu dar uma super cavalgada e me derrubou no chão. E pra completar a história, foi bem em cima de um obstáculo. Bati a nuca na pia. Sim, a super cavala foi dar uma volta pelo banheiro também. Resultado? Traumatismo craniano! O médico disse que fui salva por Deus. Vai saber quem me salvou, né?...Sei que tive que tomar por anos um remédio, porque eu ficava apagando do mundo. Por 2 ou 3 segundos eu desligava. Não via nem ouvia nada. Mas hoje estou aqui, curada. UFA!
Só ficou uma seqüela: odeio cereja.

sexta-feira, agosto 4

rascunho.

quando não se tem pra onde ir, qualquer lugar serve.

amo a paz da noite.

Tô aqui vendo a lua por entre as grades que minha mãe insistia em manter nas janelas do 5º andar. Sim, depois de 6 anos e meio morando no mesmo apartamento e tendo olhado infinitas vezes para a rua, só agora senti vontade e coragem de desparafusá-las. Foi simples. Precisei de uma ferramenta e de cinco minutos.

Agora, eu preciso querer tirar outras grades...




*esse post porque eu, por um segundo, vi Fortaleza como uma vila de pescadores e me deu vontade de ir pra lá com o meu amor. No instante seguinte, deu vontade de ter o meu amor e, por fim, parar de fazer planos com ele, já que o amor está aqui, mas o amado não...


Olhos novamente para as estrelas, pois só elas não vão tirar a minha paz.

segunda-feira, julho 31

t.a.

feito um disco arranhado, meu cérebro quer comida, quer comida, quer comida...
feito uma máquina, meu corpo come e depois cospe.
cansa.

quinta-feira, julho 27

músicas que falam por mim.

Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
mesmo assim eu te devoro,
te devoraria a qualquer preço
porque te ignoro ou te conheço
quando chove ou quando faz frio
...
Mas se quer saber se eu quero outra vida
Não, não
Eu quero mesmo é viver, pra esperar, esperar
devorar você

terça-feira, julho 25

eu amava meus pintos.

Consegui lembrar de onde vem o meu medo (TÃO significativo) de galinhas:

Quando eu tinha 4 ou 5 anos eu ganhei um pinto rosa choque e outro verde limão. Eles passaram a ser os meus dois filhos. Dava comida, colocava no berço, agasalhava, dançava pra eles, cantava, dava água e tudo o mais que se possa imaginar no que diz respeito a cuidar e agradar um ser amado.
Na minha cabeça, eu era a única pessoa do mundo inteiro a ter dois pintos daquelas cores e isso me deixava estupidamente feliz e orgulhosa.
Como eu estava muito apegada e temendo que eu contraísse, por causa deles, alguma doença, mamãe colocou-os dentro do viveiro de passarinhos pois assim os 03 cachorros, que antes eram meus filhinhos, não comeriam o "verdinho" e o "rosinho" (claro que eu não chamaria de rosinha o meu pinto macho).
Sofri feito recém casada que vê o amado com outra na hora do ato. Passava o dia inteiro indo visitá-los e imaginando que daqui uns dias eles dariam cria e eu teria infinitos pintinhos coloridos (eu tinha certeza de que as cores viriam feito sorteio. nasceria um azul, outro branco, outro lilás...). Era uma imagem tão linda, mas tão linda que eu não me continha.
Não sei por qual motivo eu passei uns dias sem ir vê-los. Não lembro se foi por viajar ou se foi, simplesmente, o esquecimento provocado pela ausência.
Eis que um belo dia minha mãe diz:
-Carolzinha, você nunca mais foi visitar seus filhinhos. Eles cresceram tanto.
Corri tanto que pareci ter criado asas. Como minha casa era grande e tinha um terreno maior ainda, desses que não se encontra numa capital a menos que se tenha muito, mas muito dinheiro, parecia que não chegaria nunca ao destino...
Era melhor nem ter chegado.
Ao ver Verdinho e Rosinho, eles eram dois galos feitos. Por causa da troca de penas - natural do crescimento - óbvio, que eles não estavam mais coloridos. Um tinha tons marrom e outro mais acizentado. Eram dois verdadeiros monstros. Lembro-me de ter dado dois passos pra trás e chorado feito noiva abandonada no altar e com o agravante de não saber por qual motivo já que tudo era um sonho tão colorido.
Minha mãe tentou me consolar como quem consolava um adulto. Jamais direi pra ela que frases como aquelas não devem ser ditas nunca pra uma criança: -Eles cresceram, meu amor.
(crescer é virar monstro?).


Acho que uns dias depois comi Verdinho e Rosinho mas depois daí nunca mais quis papo com galinhas. Quanto maior fiquei, mais repudiava qualquer tipo de ave. Morro de medo, não adianta. Quando vou pro interior do meu pai, ando feito soldado em guerra olhando pra todo canto.

quinta-feira, julho 20

céu.

Eu costumava comparar o brilho dos seus olhos com o brilho das estrelas. Hoje, só nelas que eu posso encontrar você. Posso continuar vendo você. Mas é até bom que seja nelas, pois não importa onde eu esteja você sempre estará comigo e nos encontraremos aonde quer que eu vá.

reverso.

Antigamente minha filosofia de vida era:
¨Nao torne fugaz o que pode ser eterno!¨
Hoje eu defendo exatamente o contrário.

segunda-feira, julho 17

uma cena de um dia passado.

tinha aprendido a dizer sem falar nada pois ouviu ele responder sem abrir a boca:
eu também te amo.

quinta-feira, julho 13

20 e poucos anos.

Desde quando não abraçar a futilidade, não sair de casa feito uma louca pra fila do Fortal e do Ceará music, procurar amigos e casos pela cabeça e não somente pela cara bonita é sinônimo de velhice?! Nem precisei me encher de rugas pra ser chamada de coroa! Daqui uns dias me aconselham um botox, pelo andar das coisas...
Eu, sinceramente, não entendo a essa minha geração. Não sei quais os princípios que guiam essas cabecinhas. Tentei muito já, mas nem vejo, sequer, necessidade mais. Desisti.
Quem sabe meu problema não seja velhice, mas um pouco de maturidade. Se fosse em outros tempos, eu levaria duas horas procurando argumentos pra convencer sobre isso, mas deixa pra lá...
Maturidade!
Enquanto tantos correm como se estivessem fugindo de um verdadeiro bicho, eu corri, desde muito cedo, ao seu encontro. Sabe quando se corre de braços abertos com um sorrisão? Pronto! Eu queria era mesmo abraçar pra valer e, se duvidar, ainda me deixava ser colocada nos braços e ser girada, como cena de novela mesmo.
De mãos dadas com meus 13 anos, ela me trouxe um grande amor de verão que durou 157.680.000 segundos de mais puro suspiro, delírio, entrega, tesão e ansiedade. Ela me pôs a prova tantas vezes. Me testou e me fez mulher cada vez mais. Depois de 05 anos vivendo num conto de fadas, sem ingenuidade mais, ela me fez mais velha ainda me levando de um extremo a outro. O riso anda de mãos dadas com o pranto, aprendi. Amei muito, mas sei que posso me entregar pra uma nova pessoa mais uma vez. E tantas quantas eu achar que pode dar certo. Tenho um alto poder de reciclagem. Demoro, mas controlo!
Agarrada com minhas experiências, a tal da maturidade me fez tia, me deu emprego, me fez rebolar pra aprender, me trouxe gente doente, gente nova, me fez beber, comer, me levou por uns bons lugares, me engajou na luta social, me libertou da estante de ursos e da caixa de brinquedos, me deu prateleiras de livro e cd’s arretados, me fez amar, chorar, engordar, pensar, sofrer, feliz...

[Claro, há MUITA coisa nessas entrelinhas.]

Meus 20 anos caminham de laços atados com a maturidade. Antes, eu achava que essa minha vontade de fazer o novo, de enxergar na frente, de buscar outro tipo de realizações que minhas amadas amigas de 20 e poucos ainda nem sonham, fosse parte de uma ansiedade de adolescente. Hoje tenho certeza que não. Já vi, vivi e aprendi uma boa bagagem pra hoje esperar por outros bocados já.
Cresci cedo, como os mais íntimos dizem com um orgulho muito maior do que eu mesma sinto, mas hei de crescer mais, óbvio, aos pouquinhos, me deliciando com cada coisa nova. Há muito, aprendi a relevar julgamentos. Não me importo se me acham infantil por esse jeito leve que eu tenho de levar a vida e muito menos se, depois de um convite carinhoso pra ouvir uma boa música, fumar um bom cigarro e tomar uma boa caipirinha, eu escuto: - Carol, deixa de ser coroa!

terça-feira, julho 11

1.1

O estranho e o inusitado é que são inspiradores.

segunda-feira, julho 10

1.0

O perigoso, o novo, o complicado e o difícil é que me atraem.

versos mudos.

há uma hora eu tento escrever todo esse sentimento que está na ponta da minha língua. é uma sensação boa, um desejo novo, uma vontade grande e uma ponta de medo. sei bem o que é, mas ele insiste em não sair.
desisto...

quarta-feira, julho 5

ano novo.

2006 tá começando agora...
comecei a perder os 15 kg que achei em agosto passado;
vi um modo de ser econômica e manter uma mísera poupança;
tenho dormido bem menos (ou quase nada);
fiz uma tatuagem;
coloquei um piercing;
plantei uma árvore;
tenho lido 3 livros por mês e estudado (muito até);
fui ao rio;
fui ao interior do meu pai;
fui pra china (essa viagem ficou por conta dos ingênuos funcionários que me atendem depois de ter dito que faltaria por uma semana pra ir ao oriente - até hoje me pedem fotos);
me libertei de saídas bobas.
e blá blá blá, blá blá blá e blá blá blá, ....

2006 trouxe uma paz (meio torta), mas boa. 2006 levou a constante presença do passado.

se daqui pra frente, tudo vai ser diferente, que eu me adapte nesse meu mundo novo.
(que pra ser novo, de fato, precisa de você) - jamais entrei no seu mundo e jamais te convidei pro meu.

mas se esse encontro nunca se fizer, 2006 já terá valido a pena. só pelo tanto de coisas que pensei que "poderiam ter sido!"

terça-feira, julho 4

lembrete

nunca subestime um sorriso de menina.

quarta-feira, junho 28

lispector II.

"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.
Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável.
Essa terceira perna eu perdi.
E voltei a ser uma pessoa que nunca fui.
Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas.
Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar.
Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta,
era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma,
e sem sequer precisar me procurar."

lispector I.

"E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar.
Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida."

domingo, maio 28

desabafo.

não consigo não pensar que você era a minha chance de ser feliz.

quarta-feira, maio 24

verdade x vontade

tenho tentado, em vão, acalmar um coração que anda disparado sei lá por qual motivo.
tenho buscado, sem sucesso, controlar um corpo que desatou a comer.
tenho dormido, sem efeito, pra relaxar e conseguir a tão sonhada disposição.
tenho tentado apaziguar a minha felicidade e a minha tristeza (ultimamente elas aparecem e desaparecem na mesma hora. quando tenho uma, não quero a outra e quando estou sem nada, sinto o peso do vazio).
tenho sido alvo de um infeliz ciclo que, se for mesmo vicioso, tá numa crise daquelas.

e agora, que deveria cumprir com obrigações estudantis, precisei deixar aqui as palavras soltas acima e o verso feito abaixo:

escute o que diz seu coração
não fique em casa nesta sexta feira
tome café com muita Coca-Cola
não tenha medo de cair nesta farra
tenha relógio sem ponteiros
toque qualquer instrumento
não sinta frio nem calor,
não Durma quantas horas puder por vez
só fume quando beber,
mas beba quando quiser
escute o que diz seu coração e ignore-o quando convier
faça sempre o que der mais prazer
escute a música que gosta de novo
fale tudo que vier à mente
minta sempre que for necessário
dance, mesmo fora do compasso,
cante totalmente desafinado
só fume quando beber, Mas beba quando quiser
pois eu sou o assaltante da tristeza
e assim eu levo ela embora
eu quero as mãos pro alto
enquanto eu assalto Toda essa tristeza agora
escute o que diz seu coração
pratique esportes só se for na cama
mude de nome uma vez por semana
nunca baixe a cabeça pra nada
Pois nada vale o preço de uma risada
(B.Cavadão)

sábado, maio 6

cativou.

"E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto..."

terça-feira, abril 11

procura-se

se, de fato, há uma receita pra felicidade.
de duas uma: ou eu tinha e perdi
ou eu tinha e ela mudou.

versos feitos

eu fico aqui sonhando acordada
jun-tan-do
o antes
o agora
e o depois.

sábado, abril 8

sorte de hoje:

Seu sorriso singelo será sua salvaguarda garantida

quarta-feira, abril 5

diariamente

findo mais um dia cansativo e válido. saindo daqui às pressas pra não perder nem mais um segundo de sono. aliás, tenho sentido falta de deitar na cama, ouvir a chuva, ouvir uma música e pensar ou, simplesmente, não pensar em nada. ultimamente, tenho caído na cama e pufff.

terça-feira, abril 4

descrição.

são duas máscaras.
a vermelha, feliz, em cima.
a azul, triste, em baixo.
música e brilho ao redor.

A comédia e o drama estão sempre ali, dispostos lado a lado. Prontos pra serem consumidos, digeridos, absorvidos. Preços iguais, valores diferentes e respostas únicas.
Quando se está na platéia, entende-se quão fácil é decidir vestir uma máscara ou outra e percebe-se que ir de dez a um passa muito mais rápido do que de um a dez - pela simples analogia do "começar do zero".
Quase tudo vem em dois. Em par. Em concordância. Complemento. Oposição. Sinônimo. Antônimo. Tem o sim e o não que exigem a toda hora a escolha que implica na renúncia. Toda hora, escolhas e escolhas.
O vermelho lembra o coração, o amor. A força sangue (que invariavelmente me lembra escravos e me remete à garra da raça negra) que impulsiona.
Azul, pra mim é céu, onde olho quando tento achar quem não tá por perto; noite, ironicamente e tranquilidade.
Música e brilho fazem parte do mundo adquirido na infância e que tem se distanciado mas pelo qual deve-se lutar sempre. Trilha enche de magia qualquer espetáculo. Ela traz a força e a tranquilidade.
As máscaras e a música: paixão e vida. Não necessariamente nessa ordem. Juízo de fato.
Já o 'em cima' e 'em baixo', 'triste' e 'feliz' e quase todo o resto constituem-se em juízo de valor.

sapatilha

já que nesse país de dança não se vive, que ela me ajude a viver.

segunda-feira, abril 3

ilha.

Um querido me colou no msn um verso que me comparava a uma ilha. Justificando que tudo aquilo que vive cercado por tudo aquilo que o matou é uma ilha. Achei fofa a comparação e agradeço o cuidado que me inspirou. Eis a visão que tenho das ilhas:
Elas são um misto de magia, mistério e sensação.
Magia que invade os corações dos casais (drogados de paixão) e os acomoda na melhor cadeira pra ver o pôr do sol no fim da tarde.
Mistério que isola o executivo de todo o capitalismo e mesmo sem pôr fogo no escritório, aquilo não mais o incomoda.
E sensação, tão intensa, de que é preciso partir, cruzar o mar e chegar ao continente pra então poder seguir viagem.

quarta-feira, março 29

retrato em branco e preto

"O que é que eu faço contra o
encanto
desse amor que eu nego tanto,
evito tanto,
e no entanto
volta sempre a enfeitiçar.
Com seus mesmos tristes velhos fatos que num álbum de retratos
eu teimo em
colecionar.
Lá vou eu de novo como um tolo
procurar o desconsolo que eu cansei de conhecer.
Nossos dias tristes,
noites claras,
versos,
cartas,
minha cara, ainda volto a lhe escrever.
Pra lhe dizer que isto é pecado
eu trago o peito tão marcado
de lembranças do passado e você sabe a razão.
Vou colecionar mais um soneto,
outro retrato em branco e preto
a maltratar meu coração.

[Tom e Elis]

de um trabalho acadêmico saiu isso.

EXAGERO - essa era a lei. No amor e na entrega. A música tocava nos encontros. Cazuza era o animador que os seguia. O "play" vinha nos momentos certos. Ele, aventureiro nato. Eu, louca apaixonada. Os dois, um caso ímpar.
- A melhor de todas é vida louca vida.
- Não conheço.
- Caraaaaalho! É a melhor de todas!
- Nossa! Tô curiosa!
- Eu não vou mostrar. Um dia você vai saber.
- Por quê?
- Porque se não, não tem graça. Promete que vai escutá-la por acaso?
- Prometo!
Promessa cumprida.
Hoje, a música faz abrir o baú:

O momento era do último adeus. O instrumento inicia. O coração acelera, pula. A inquietação não era de paixão. A voz era do poeta. A letra também.
A vida era loucura. Foi imensa nos vinte anos vividos. Os versos agiam. Fui invadida pelos pensamentos, apenas: de que valiam as grifes, a cultura, o diploma, as regras e as futilidades se tudo acabaria daquele jeito? Viver não era preciso. Não fazia sentido. É coisa normal morrer. Foi bom tudo. Tão bom que não se pode acabar. Por favor, tirem essa música que eu não quero mais pensar.
O volume subiu. Cada palavra machucou. A canção tornou-se biográfica. Era como ele via a existência. Cena de filme: ele na moto, vento no rosto, sem limite. A música berrava que se ele não podia levar a vida, que ela o levasse.
Estava aflita. Incomodada. Tudo seria diferente se houvesse silêncio. A melodia, a poesia, o cantor. Eles singularizavam o momento. A tristeza ganhou trilha sonora.
O refrão era um estímulo à vida ou uma rendição? Não interessa. Ele era um pouco dos dois: viveu tudo que havia para ser vivido. A morte não o apavarova, não o apavorou. Que lindo, que lição. Vontade de parar o momento. De só escutar algo tão idêntico ao amado. De parar no tempo. Ela fazia o medo sumir.
O momento era o auge da tristeza possível de ser sentida, vivida, sofrida. O instante final da despedida do amor, do amado. Eu estava alheia. Medo do futuro. Pra onde iriam os planos, as decisões? Uma tontura, um desejo de ser tudo um mal entendido. A razão desabituada a agir, sumiu de vez.
A dor era contagiante. A música também. Vontade de batucar. De bater com o pé no ritmo da melodia. Mas as pernas já nem eram mais sentidas. Alguma coisa estava errada. Se tinha cazuza, tinha que ter o amado por perto.
Caralho!!! Era essa a música? A preferida? Sim, era essa!
- Ei, acorda. Era essa a sua música preferida? A melhor de todas? Ei, responde.
Não respondeu. O jeito era ouví-la sozinha. E lembrar da expressão dele ao descrevê-la. Lembranças não faltaram. Os beijos, as conversas, os desencontros…
Cada lágrima rimava com a música, que tornava tudo infinitamente mais dolorido, mais emocionantes, mais marcante, mais eterno. Por alguns instantes, parecia não haver porque chorar, mesmo assim o fazia. Minhas mãos juntaram-se. Ora imprensavam o peito, ora arranhavam-se umas às outras. Ah se aquela dor fosse fisica…
Segunda repetição da estrofe principal. Isso quer dizer alguma coisa. Tá perto do fim. Flutuei, gritei, chorei. Vontade de lembrar de tudo. De voltar no tempo. Já que vc não pôde levar a vida, ela levou você. Eu vou junto. Não, eu fico. Quero viver igual a você. Tornar dessa canção o meu hino. Partir como heroína. Viver de maneira louca. Sabendo que o crime não compensa. Que coisa linda. Linda de morrer. Pensei em tudo. No fim, não pensava nada. O olhei. Gosto dele sorrindo. Então não quis olhar. Mas preciso. O volume tá baixando. Vai acabar.
Meu peito ficou espremidinho. Eu dei adeus. Fechado para sempre. A música estava nos segundos finais. Já não havia nada mais entre os dois. A não ser o vazio e o silêncio que chegava. Ele voou deste mundo. A dor, tal qual a música, vai diminuindo, até acabar. Mas as sensações voltam cada vez que for dado o “play”.
Guardo essas recordações num baú velho. Envernizado de lágrimas. Dentro, o silêncio faz eco. Fora, tem trilha. Destranquei-o, revivi, senti-o de novo. Por 4 minutos e 15 segundos, ouvi a voz desafinada, o sorriso moleque, o amor e a saudade. Vi(va) a vida. Levo só o que foi bom.
O baú volta a fechar.

quinta-feira, março 23

é isso.

Sorri
vai mentindo a tua dor
e ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
que és feliz

domingo, março 12

arte bordada no peito.

Onde nasci tinha um cinema que fechara em 1980. Não havia teatros. Palcos só nos auditórios mal conservados que não traziam camarins nem espelhos, as cadeiras eram desconfortáveis, os banheiros sem descargas, as cortinas mofadas e sucatas nas coxias. Mesmo assim cresci com essa paixão. Hoje tudo é tão forte mas delicado como papel vegetal. Cada vez que o sino toca e um refletor se acende no Brasil, pode-se chamar isso de vitória cultural, qualquer que seja o espetáculo. Parabéns para todos os artistas cênicos do Ceará que conservam a ousadia de sonhar numa terra de miseráveis.

sábado, março 11

.

Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Vargas, suicidou
Nietzsche, enlouqueceu
E eu, não vou nada bem

Chatterton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Sócrates, suicidou
Goya, enloqueceu
E eu, não vou nada nada bem

Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Van Gogh, suicidou
Schumann, enloqueceu
E eu, puta que pariu, não vou nada nada bem

quarta-feira, março 8

she.

Um texto feito pra uma data feita:



::
Ela mal nasce, nem cabelos ainda tem,
e já lhe arranjam lacinhos coloridos bem colados à carequinha.
Mulher nasce
Pra ser mais cores entre todas as cores.

Mulher é arco-íris.
Ela mal cresce, mal "desmama" as bonequinhas e

já sai dando colinho para os colegas da escola,
para o amiguinho tristonho, para a mamãe carente,
para o papai cansado, para quem lhe pede abrigo.
Mulher é colo.
Ela entra na adolescência, chama a atenção dos meninos,

dos "maduros" sonhadores, dos passageiros de ônibus,
motoristas e cobradores!
Mulher é tentação.
Quando já passa dos 20, quantas histórias já conta!

Já teve amor malogrado, já teve o primeiro beijo,
o primeiro namorado, despedidas, desencontros,
alegrias inesquecíveis, sucessos, também fracassos.
Mulher é novela.
Vai para os 30, 40, 60 ... não crê que alcança os 80!

Quantos amores! Quantas marcas!
Uniões, filhos, empregos, patrões (dentro e fora de casa),
metas alcançadas, tantos desejos frustrados, tantas palavras já ditas,
muitos silêncios impostos, compreensões, incompreensões,
traições e mil desgostos.
Mulher é história.
E quando ela deixa o mundo,

em algum canto do quarto acha-se um fio de cabelo,
vê-se uma oração à antiga cabeceira,
ouve-se sua canção favorita, seu confessor travesseiro e
a mancha da última lágrima.
Mulher é saudade.

Mas ela sempre renascerá em outras mulheres, sempre será o que veio para ser, sempre cumprirá sua missão de Luz entre os homens, sempre será apenas e tão somente o que é. Apenas e tão somente Mulher.

::

segunda-feira, março 6

real.idade

"Ela ensinará seus filhos a acreditarem em duendes.
Ela os levará para passear no parque e onde os outros vêm apenas o orvalho da manhã sobre a grama, ela lhes mostrará os colares deixados pelas fadas após dançarem ao luar.
As capricornianas tendem a criar um mundo mágico e de fantasia para seus filhos. E é onde elas próprias vivem..."

respostas.

o "não deu tempo" atesta incapacidade ou excesso de atividades?

domingo, março 5

grito.

Chega, silêncio!
Não te escuto mais.
Trazia-me respostas.
Hoje só me traz recordações.

sexta-feira, março 3

Não vou viver como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só trocando passos com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessa que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar



Coisas minhas talvez você nem queira ouvir...

quinta-feira, fevereiro 16

cm

no meio dos grandes, eu sou pequena.
no meio de quem é igual, eu sou grande.
em casa é Carolzinha
no trampo é D. Caroline.
dualista sem opção.
em dois mundos opostos, uma só.
à deriva de julgamentos e desejos que sejamos, no mínimo, iguais.
coração puxa pro lado pequeno. razão puxa pro grande.

escolhas

venho me metendo em lugares absurdos.
o último foi um universo de moda, dinheiro e verdades incontestáveis.
ao sair de lá, não se leva nada que não seja o arrependimento.

domingo, fevereiro 12

em 25 de maio de 2005:

(...) Dizer que amo é redundante. Você sabia, em cada gesto, em cada momento em cada atitude. Dizer que você vai fazer falta, que a sua presença sempre muito forte vai fazer falta, sua risada que era a sua continuação, que fazia parte de você, que se fundia com sua imagem, sua dignidade e seu talento. Um talento incomum, de gênio, de pessoas que iluminam a vida de todos nós só por existirem, só por serem tão especiais. E você era assim. Falar do seu jeito exagerado, mas tão carinhoso, com a mão sempre estendida, causador das loucuras boas que eu tive, cúmplice de sustos. OS frutos desse amor são incontestáveis, suas sementes estão em mim e eu cuidarei dela. E pensar que existem tantas pessoas que não vivem com essa certeza. Vivem com medo. Iludidas pelo que sentem ou pelo que acham que sentem. Andam com bengalas de alma. O amor é forte, independente e por isso a liberdade é inquestionável, é eterna, é segura, é pra sempre. Mesmo assim, isso não me impede de chorar... você faz falta!

em 24 de abril de 2005:

Gui p.e.r.f.e.i.t.o como sempre
Conversava comigo, desabafava e me ouvia
Me fazia feliz com sua presença
Com ele, nada mais valia... Por ele, tudo valia...
Hoje, minha tristeza tem cheiro
Há cinco anos tudo começou e parece que foi ontem
Há cinco meses ele se foi e parece que já faz tanto mais
Choro como um criança
Meu coração fica apertado
Lembro-me nitidamente de seus olhos azuis transparentes
E nós dois sentados conversando
O amor não cabia
Lembro-me nitidamente de seu sorriso branco radiante
E nós dois em uma mesma festa
No meio de encontros e desencontros, olhares que falavam tanto
Lembro-me nitidamente de seu coração de anjo
E nós dois devorando madrugadas em conversas
Me contando seus amores, lhe contando os meus
Contando nossas alegrias e tristezas
No fim, não havia ele Não havia eu Falávamos de nós
Acordar na madrugada, a inquietação que a paixão traz
E com você eu virava para o lado fingindo nem vê-lo mas escutando cada palavra...
Em você, a certeza de um amanhã
Coragem de um lutador
Sua vida caminhava pelos amigos, pelos irmãos, pelos pais
Sentindo o vento no rosto, voando, voou...
Sua dor deve ter sido imensa (Ah se eu estivesse com você...)
O tão sonhado encontro não aconteceu
Mas, no domingo, houve um telefonema
Nosso último beijo foi mandado
Ah, lembro-me tão bem que cada palavra parecia eterna
E tornaram-se
Ele me pediu que contasse meu sonho
Não contei
Deixei pra depois
Dor
Queria apenas saber qual era esse sonho que eu tanto falava
Curiosidade de menino
Teimosia de menina
Dor
Sem forças para caminhar Sem saúde Mas seu coração permanecia pulsante
Ele sendo cuidado
Eu em sua casa sentada na sala, no chão
No mesmo que fora palco de tanta felicidade
De manhã, tomamos um suco e brindamos sua melhora
Ele amanhecera tão bem
Renascia a esperança
Foi lindo
Foi triste, inesquecível.
Dia sofrido, algo estava para acontecer
Dia estranho
Meu coração pediu e não fui à escola
Tentei colocar na sua parede um quadro
Os pregos não entravam
Entortavam,
caíam,
dobravam...
Às seis e meia,
ao mesmo tempo em que a medicina tentava
Tentaram...
Sua alma voou deste mundo.
Naquele troço, Seu rosto não estava bem, Onde estava o seu sorriso?
Dor
Foi como uma estrela para um lugar indefinido
Enfim ele foi em paz
Deixando a saudade de uma belo homem
Deixando sua coragem
Sua alegria
Suas histórias
Suas esperanças
E eu
a cama, o colchão, as madrugadas, os sonhos, o sorriso.
João Guilherme, Gui, Amigo Amor Minha estrada

em 24 de Janeiro de 2005:

Não foi um conto de fadas pois ele não chegou em um cavalo branco.
Não foi um conto de fadas pois ela não morava em um castelo encantado.
Nem agiam politicamente corretos como o fazem príncipes e princesas.
Não foi um conto de fadas mas foi um filme perfeito onde era rara a tal da mera semelhança com a realidade.
E o filme começa ele passando naquela moto linda e a mocinha olhando. Então, eles se conheceram e foi amor à primeira como nos conto de fadas.
E ela começou a amar moto, pois sua felicidade viera em duas rodas, sentindo o vento bater no rosto, sentindo não haver limites. E não havia! Então, eles viveram cenas maravilhosas.
Não foi um conto de fadas pois o príncipe jamais dormiria no colo da princesa por dois shows no meio do ceará music. E isso seria perfeito.
A princesa jamais ligaria todas as vezes que voltasse de uma balada e eles conversariam por horas. E isso seria indescritível.
O príncipe e a princesa jamais iriam pra cozinha preparar macarrão sábado à noite. E isso seria o melhor programa que já vivera.
O príncipe jamais jogaria celular e tênis pela janela do carro pra dizer que essas coisas materiais não valem nada. E ele se tornaria seu herói.
A princesa jamais fugiria de madrugada para um passeio de carro e esqueceria do mundo todo.
O príncipe jamais ligaria bêbado e se declarando.
A princesa jamais ligaria bêbada se declarando.
Essas coisas se encaixam melhor com o mocinho e com a mocinha.
Podia ser um conto de fadas. Pois tem o príncipe loiro de olhos azuis e a princesa que vive e morre de amor.
Mas foi um filme... E não se pode mudar o final dos filmes. Ela poderia ir com ele. Mas seu amor é tão forte que, a cada segundo, supera a dor de tê-lo perdido e quer viver pra relembrar todas as cenas. Agora, a mocinha odeia moto, pois ela levou sua felicidade. Agora, a mocinha vive poraí. Pedindo força a Deus. E tentando ser feliz. O mocinho, para sempre e sempre estará com ela. A trilha sonora a faz lembrar. A iluminação perdeu sua força. Mas o roteiro continua... O filme foi estreado há 5 anos E, hoje, completam-se 2 meses que ele saiu de cartaz. Para sempre será lembrado

adoro baús

Eles aparecem nos meus textos, lembranças e decoração. Esse treco marrom, antigo, pesado e repudiante de tanta naftalina me faz querer rever, reler e reviver muita coisa. E, por consequência, reamar. Abrindo um deles, achei um tanto. Havia poeira e mofo. Havia escritos que registraram dor. Mas havia lá, num pacotinho invisível, escritos que registraram perfeição. Mas esses são meus, apenas.

quinta-feira, fevereiro 9

por um mapa

Acordei sem saber pra onde ir. Mesmo sabendo que não estou perdida.
Os remédios me livraram de tpm, a vida me livra de paixão que alucina e a consciência me mantém lúcida. Mesmo assim, desconheço essa estrada.
Amanhã passa.

espero eu.

domingo, fevereiro 5

as cem razões do amor

"Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Vinícius de Moraes)

domingo, janeiro 29

viciada

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pura e somente viciada
no desejo de ser feliz
viciada em pensar
saber
fazer
e não em outras coisas que o preconceito nos ajuda a associar
automaticamente
à palavra "miséria".




pobre engano...

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sábado, janeiro 28

brincadeira de criança

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Sábado de alma renovada!
Numa casa de alguém
sustentada por 'alguéns'
crianças sem ninguém.
No cúmulo da inocência
parecem saber
o futuro. A falta dele.
E, no auge da pureza infantil,
ela, a pequenina, me perguntou:
Você é a minha mãe?!
Passei a ser!


Lar Vila Feliz.
Há vida apesar de tudo.
Há vida.
Colabore:
3271 0381

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domingo, janeiro 22

na era do orkut

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Em tempos virtuais, sentimentos estão se transformando em recados ou em legendas de fotos: “euzinha com meu amor” e “euzinha com as melhores amigas do mundo”.
O bom e famoso orkut, por exemplo, é uma ferramenta de pura sedução – amorosa e intelectual – usada por milhões de pessoas sempre dispostas a revelarem-se de algum jeito... Já vi cada perfil cuidadosamente planejado para que as qualidades se destaquem e seduzam os visitantes desconhecidos, além de (re)encantar os amigos. Os defeitos, a maioria prefere nem colocar (“não é necessário”).
O que parece é que solteiras e solteiros saíram à caça... Conheço casais que brigaram por causa do Orkut. Conheço casais que saíram do Orkut para não brigar. E conheço fortes paixões que se formaram depois de trocas de scraps.
Nesse mundo virtual, todos se conhecem, desconhecem, esquecem, espiam, elogiam, desconfiam, confiam, dão conselhos, encontram velhos amigos, deixam poemas e se dedicam. Assim, a diversidade humana com seus gostos comuns e incomuns se faz parte de um grupo só. Também faço.

Do meu jeito, venho para ser mais uma aqui nesse tal de www
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