quinta-feira, fevereiro 16

cm

no meio dos grandes, eu sou pequena.
no meio de quem é igual, eu sou grande.
em casa é Carolzinha
no trampo é D. Caroline.
dualista sem opção.
em dois mundos opostos, uma só.
à deriva de julgamentos e desejos que sejamos, no mínimo, iguais.
coração puxa pro lado pequeno. razão puxa pro grande.

escolhas

venho me metendo em lugares absurdos.
o último foi um universo de moda, dinheiro e verdades incontestáveis.
ao sair de lá, não se leva nada que não seja o arrependimento.

domingo, fevereiro 12

em 25 de maio de 2005:

(...) Dizer que amo é redundante. Você sabia, em cada gesto, em cada momento em cada atitude. Dizer que você vai fazer falta, que a sua presença sempre muito forte vai fazer falta, sua risada que era a sua continuação, que fazia parte de você, que se fundia com sua imagem, sua dignidade e seu talento. Um talento incomum, de gênio, de pessoas que iluminam a vida de todos nós só por existirem, só por serem tão especiais. E você era assim. Falar do seu jeito exagerado, mas tão carinhoso, com a mão sempre estendida, causador das loucuras boas que eu tive, cúmplice de sustos. OS frutos desse amor são incontestáveis, suas sementes estão em mim e eu cuidarei dela. E pensar que existem tantas pessoas que não vivem com essa certeza. Vivem com medo. Iludidas pelo que sentem ou pelo que acham que sentem. Andam com bengalas de alma. O amor é forte, independente e por isso a liberdade é inquestionável, é eterna, é segura, é pra sempre. Mesmo assim, isso não me impede de chorar... você faz falta!

em 24 de abril de 2005:

Gui p.e.r.f.e.i.t.o como sempre
Conversava comigo, desabafava e me ouvia
Me fazia feliz com sua presença
Com ele, nada mais valia... Por ele, tudo valia...
Hoje, minha tristeza tem cheiro
Há cinco anos tudo começou e parece que foi ontem
Há cinco meses ele se foi e parece que já faz tanto mais
Choro como um criança
Meu coração fica apertado
Lembro-me nitidamente de seus olhos azuis transparentes
E nós dois sentados conversando
O amor não cabia
Lembro-me nitidamente de seu sorriso branco radiante
E nós dois em uma mesma festa
No meio de encontros e desencontros, olhares que falavam tanto
Lembro-me nitidamente de seu coração de anjo
E nós dois devorando madrugadas em conversas
Me contando seus amores, lhe contando os meus
Contando nossas alegrias e tristezas
No fim, não havia ele Não havia eu Falávamos de nós
Acordar na madrugada, a inquietação que a paixão traz
E com você eu virava para o lado fingindo nem vê-lo mas escutando cada palavra...
Em você, a certeza de um amanhã
Coragem de um lutador
Sua vida caminhava pelos amigos, pelos irmãos, pelos pais
Sentindo o vento no rosto, voando, voou...
Sua dor deve ter sido imensa (Ah se eu estivesse com você...)
O tão sonhado encontro não aconteceu
Mas, no domingo, houve um telefonema
Nosso último beijo foi mandado
Ah, lembro-me tão bem que cada palavra parecia eterna
E tornaram-se
Ele me pediu que contasse meu sonho
Não contei
Deixei pra depois
Dor
Queria apenas saber qual era esse sonho que eu tanto falava
Curiosidade de menino
Teimosia de menina
Dor
Sem forças para caminhar Sem saúde Mas seu coração permanecia pulsante
Ele sendo cuidado
Eu em sua casa sentada na sala, no chão
No mesmo que fora palco de tanta felicidade
De manhã, tomamos um suco e brindamos sua melhora
Ele amanhecera tão bem
Renascia a esperança
Foi lindo
Foi triste, inesquecível.
Dia sofrido, algo estava para acontecer
Dia estranho
Meu coração pediu e não fui à escola
Tentei colocar na sua parede um quadro
Os pregos não entravam
Entortavam,
caíam,
dobravam...
Às seis e meia,
ao mesmo tempo em que a medicina tentava
Tentaram...
Sua alma voou deste mundo.
Naquele troço, Seu rosto não estava bem, Onde estava o seu sorriso?
Dor
Foi como uma estrela para um lugar indefinido
Enfim ele foi em paz
Deixando a saudade de uma belo homem
Deixando sua coragem
Sua alegria
Suas histórias
Suas esperanças
E eu
a cama, o colchão, as madrugadas, os sonhos, o sorriso.
João Guilherme, Gui, Amigo Amor Minha estrada

em 24 de Janeiro de 2005:

Não foi um conto de fadas pois ele não chegou em um cavalo branco.
Não foi um conto de fadas pois ela não morava em um castelo encantado.
Nem agiam politicamente corretos como o fazem príncipes e princesas.
Não foi um conto de fadas mas foi um filme perfeito onde era rara a tal da mera semelhança com a realidade.
E o filme começa ele passando naquela moto linda e a mocinha olhando. Então, eles se conheceram e foi amor à primeira como nos conto de fadas.
E ela começou a amar moto, pois sua felicidade viera em duas rodas, sentindo o vento bater no rosto, sentindo não haver limites. E não havia! Então, eles viveram cenas maravilhosas.
Não foi um conto de fadas pois o príncipe jamais dormiria no colo da princesa por dois shows no meio do ceará music. E isso seria perfeito.
A princesa jamais ligaria todas as vezes que voltasse de uma balada e eles conversariam por horas. E isso seria indescritível.
O príncipe e a princesa jamais iriam pra cozinha preparar macarrão sábado à noite. E isso seria o melhor programa que já vivera.
O príncipe jamais jogaria celular e tênis pela janela do carro pra dizer que essas coisas materiais não valem nada. E ele se tornaria seu herói.
A princesa jamais fugiria de madrugada para um passeio de carro e esqueceria do mundo todo.
O príncipe jamais ligaria bêbado e se declarando.
A princesa jamais ligaria bêbada se declarando.
Essas coisas se encaixam melhor com o mocinho e com a mocinha.
Podia ser um conto de fadas. Pois tem o príncipe loiro de olhos azuis e a princesa que vive e morre de amor.
Mas foi um filme... E não se pode mudar o final dos filmes. Ela poderia ir com ele. Mas seu amor é tão forte que, a cada segundo, supera a dor de tê-lo perdido e quer viver pra relembrar todas as cenas. Agora, a mocinha odeia moto, pois ela levou sua felicidade. Agora, a mocinha vive poraí. Pedindo força a Deus. E tentando ser feliz. O mocinho, para sempre e sempre estará com ela. A trilha sonora a faz lembrar. A iluminação perdeu sua força. Mas o roteiro continua... O filme foi estreado há 5 anos E, hoje, completam-se 2 meses que ele saiu de cartaz. Para sempre será lembrado

adoro baús

Eles aparecem nos meus textos, lembranças e decoração. Esse treco marrom, antigo, pesado e repudiante de tanta naftalina me faz querer rever, reler e reviver muita coisa. E, por consequência, reamar. Abrindo um deles, achei um tanto. Havia poeira e mofo. Havia escritos que registraram dor. Mas havia lá, num pacotinho invisível, escritos que registraram perfeição. Mas esses são meus, apenas.

quinta-feira, fevereiro 9

por um mapa

Acordei sem saber pra onde ir. Mesmo sabendo que não estou perdida.
Os remédios me livraram de tpm, a vida me livra de paixão que alucina e a consciência me mantém lúcida. Mesmo assim, desconheço essa estrada.
Amanhã passa.

espero eu.

domingo, fevereiro 5

as cem razões do amor

"Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Vinícius de Moraes)