terça-feira, abril 4

descrição.

são duas máscaras.
a vermelha, feliz, em cima.
a azul, triste, em baixo.
música e brilho ao redor.

A comédia e o drama estão sempre ali, dispostos lado a lado. Prontos pra serem consumidos, digeridos, absorvidos. Preços iguais, valores diferentes e respostas únicas.
Quando se está na platéia, entende-se quão fácil é decidir vestir uma máscara ou outra e percebe-se que ir de dez a um passa muito mais rápido do que de um a dez - pela simples analogia do "começar do zero".
Quase tudo vem em dois. Em par. Em concordância. Complemento. Oposição. Sinônimo. Antônimo. Tem o sim e o não que exigem a toda hora a escolha que implica na renúncia. Toda hora, escolhas e escolhas.
O vermelho lembra o coração, o amor. A força sangue (que invariavelmente me lembra escravos e me remete à garra da raça negra) que impulsiona.
Azul, pra mim é céu, onde olho quando tento achar quem não tá por perto; noite, ironicamente e tranquilidade.
Música e brilho fazem parte do mundo adquirido na infância e que tem se distanciado mas pelo qual deve-se lutar sempre. Trilha enche de magia qualquer espetáculo. Ela traz a força e a tranquilidade.
As máscaras e a música: paixão e vida. Não necessariamente nessa ordem. Juízo de fato.
Já o 'em cima' e 'em baixo', 'triste' e 'feliz' e quase todo o resto constituem-se em juízo de valor.

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