quarta-feira, fevereiro 10

Desculpe pelos excessos.

Eu te amo fundo e você reclama. Prefere que confundamos os nossos corpos, mas reclama se misturo as nossas vidas, as nossas coisas. Te incomoda os meus excessos de amor, o meu olhar e jeito de ser sua e te querer só pra mim. Desculpe. Me prometi, um dia, viver profundamente. Eu te mostrei quem sou e me dei pra você. Dei meus erros e acertos, mas mais do que tudo dei as minhas tentativas. Se dou um passo penso se era o que você gostaria. Se fico quieta, temo pecar por faltar. Não. Nunca mais essa dor pelo que não foi feito. Prefiro fazer, dar, doar, entregar. Mesmo que doa. Desculpe se ao aparecer pra ti te tirei espaços, pessoas. Entre os meus abraços sempre esteve um pedido de socorro e aceitação. Muita sede faz derramar a água. Desculpe se não fui aceita por todos que lhe rodeavam. Não me importo e nem espero por. Ser aceita por ti me basta. É meu jeito assim de amar, meio torto, muitos "muito", desencontrados. Só sei assim. Eu que sempre fui livre não importava o que ninguém falasse. Agora me vejo pensando e perguntando até onde eu posso ir por ti, pra ti? Você reclama como se houvesse um botão pra eu reinventar o silêncio do dito e pra passar uma borracha no que foi feito. Desculpe se te amo profundamente a ponto de desnudar e desconcertar. Eu não vou separar os meus erros dos meus acertos. Sou a soma deles. Muito menos separarei os seus. Me deixa sentir, me deixa falar. Desculpe se você nunca teve pedidos do tipo, não sei. Mas sei que você nunca teve alguém que te amou tanto quanto eu amo. Só quem se mostra totalmente se acha no amor, por mais que se perca certas horas. Eu sou assim: errante, suja, pequena, boba, intensa, exagerada. Mas cheia de amor. Sempre. Uma metade e a outra também. Amor pra ti.