domingo, março 12

arte bordada no peito.

Onde nasci tinha um cinema que fechara em 1980. Não havia teatros. Palcos só nos auditórios mal conservados que não traziam camarins nem espelhos, as cadeiras eram desconfortáveis, os banheiros sem descargas, as cortinas mofadas e sucatas nas coxias. Mesmo assim cresci com essa paixão. Hoje tudo é tão forte mas delicado como papel vegetal. Cada vez que o sino toca e um refletor se acende no Brasil, pode-se chamar isso de vitória cultural, qualquer que seja o espetáculo. Parabéns para todos os artistas cênicos do Ceará que conservam a ousadia de sonhar numa terra de miseráveis.

Um comentário:

Anônimo disse...

passarei a ser frenqüentadora assídua daqui! amando os textos, tdoo.. quero essa capacidade igual pra mim! :D
admiro demaissssss!!
;D