O que eu vejo não é o que você vê.
Gosto de máscaras a ponto de tatuar na pele.
Não uma tatuagem com fim de esconder cicatrizes,
mas pra lembrar algo. Um sorriso de arte, talvez.
O que olho não é o que você olha.
E assim vamos com a vida a se transformar enquanto piscamos os olhos.
É assim na mágica dos aniversários infantis e é assim na lagarta que vira borboleta.
A borboleta só quer ser vista como ela mesma, sem passado.
O inseto mostra que a melhor máscara é sempre a própria pele.
Porque essa não cái, essa tá na essência.
É agoniante presenciar o descobrimento de bonecas russas,
que saem umas das outras
toda hora, toda hora, toda hora.
E se fazem escondidas nelas mesmas.
Muitos, quando enxergam esse dinamismo e resolvem tirar as máscaras,
se dão conta de que elas já estão pregadas na cara.
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