terça-feira, outubro 13

sobre máscaras e sorrisos.

O que eu vejo não é o que você vê.

Gosto de máscaras a ponto de tatuar na pele.

Não uma tatuagem com fim de esconder cicatrizes,

mas pra lembrar algo. Um sorriso de arte, talvez.

O que olho não é o que você olha.

E assim vamos com a vida a se transformar enquanto piscamos os olhos.

É assim na mágica dos aniversários infantis e é assim na lagarta que vira borboleta.

A borboleta só quer ser vista como ela mesma, sem passado.

O inseto mostra que a melhor máscara é sempre a própria pele.

Porque essa não cái, essa tá na essência.

É agoniante presenciar o descobrimento de bonecas russas,

que saem umas das outras

toda hora, toda hora, toda hora.

E se fazem escondidas nelas mesmas.

Muitos, quando enxergam esse dinamismo e resolvem tirar as máscaras,

se dão conta de que elas já estão pregadas na cara.


Nenhum comentário: