domingo, outubro 18

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Falam muito do meu sorriso. Não sei se por ele ser constante ou aberto demais. Ele, de fato, é meio frouxo e expansivo. Mas falso, nunca. Sou, como todos, a soma de tudo que vivi e, após levantar dos tropeços e dores (que não foram poucas pros vinte e poucos que carrego), pude sentir o quão importante é sempre manter a mente quieta e o coração tranquilo. Falo, muitas vezes, com riso no rosto e cara lavada e é disso que gosto. Quando não, me fecho e me envolvo no meu mundo branco e preto - o que quebra a imagem que muitos constroem de mim e faz com que me vejam como expansiva, abertinha, fútil e superficial -. Intensidade talvez seja o meu mal. Eu rio e choro demais por muito pouco. E eu gosto. A indiferença passa longe, o que às vezes faz doer mais do que o necessário. Nunca aprendi a ligar o "foda-se". E nem quero. Penso eu, com meus poucos vinte, que carregar no corpo as marcas do caminho (com os risos e lágrimas, com as luzes e sombras, com o bom e o ruim) faz com que você melhore. Isso só não pode pesar. Eu não consigo deixar que nada passe despercebido e sei que passo despercebida por muita coisa. Mas, também, consigo que pouquíssima coisa me tire a leveza do vento que me conduz. E ser assim, um pouco desprendida de qualquer manual de instrução e sentindo mais o frio na barriga do que muitos, me faz entrar em um contexto de construção e desconstrução contínua para muitos. Pois sei que muitas vezes faço algo que faz parecer uma coisa, mas que foi outra. Eu não faço questão de provar quem sou e muito menos que preciso provar nada pra ninguém, mas o riso cala quando não deveria só por andar de mãos dadas com um coração que sente demais.

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