quinta-feira, julho 20

reverso.

Antigamente minha filosofia de vida era:
¨Nao torne fugaz o que pode ser eterno!¨
Hoje eu defendo exatamente o contrário.

segunda-feira, julho 17

uma cena de um dia passado.

tinha aprendido a dizer sem falar nada pois ouviu ele responder sem abrir a boca:
eu também te amo.

quinta-feira, julho 13

20 e poucos anos.

Desde quando não abraçar a futilidade, não sair de casa feito uma louca pra fila do Fortal e do Ceará music, procurar amigos e casos pela cabeça e não somente pela cara bonita é sinônimo de velhice?! Nem precisei me encher de rugas pra ser chamada de coroa! Daqui uns dias me aconselham um botox, pelo andar das coisas...
Eu, sinceramente, não entendo a essa minha geração. Não sei quais os princípios que guiam essas cabecinhas. Tentei muito já, mas nem vejo, sequer, necessidade mais. Desisti.
Quem sabe meu problema não seja velhice, mas um pouco de maturidade. Se fosse em outros tempos, eu levaria duas horas procurando argumentos pra convencer sobre isso, mas deixa pra lá...
Maturidade!
Enquanto tantos correm como se estivessem fugindo de um verdadeiro bicho, eu corri, desde muito cedo, ao seu encontro. Sabe quando se corre de braços abertos com um sorrisão? Pronto! Eu queria era mesmo abraçar pra valer e, se duvidar, ainda me deixava ser colocada nos braços e ser girada, como cena de novela mesmo.
De mãos dadas com meus 13 anos, ela me trouxe um grande amor de verão que durou 157.680.000 segundos de mais puro suspiro, delírio, entrega, tesão e ansiedade. Ela me pôs a prova tantas vezes. Me testou e me fez mulher cada vez mais. Depois de 05 anos vivendo num conto de fadas, sem ingenuidade mais, ela me fez mais velha ainda me levando de um extremo a outro. O riso anda de mãos dadas com o pranto, aprendi. Amei muito, mas sei que posso me entregar pra uma nova pessoa mais uma vez. E tantas quantas eu achar que pode dar certo. Tenho um alto poder de reciclagem. Demoro, mas controlo!
Agarrada com minhas experiências, a tal da maturidade me fez tia, me deu emprego, me fez rebolar pra aprender, me trouxe gente doente, gente nova, me fez beber, comer, me levou por uns bons lugares, me engajou na luta social, me libertou da estante de ursos e da caixa de brinquedos, me deu prateleiras de livro e cd’s arretados, me fez amar, chorar, engordar, pensar, sofrer, feliz...

[Claro, há MUITA coisa nessas entrelinhas.]

Meus 20 anos caminham de laços atados com a maturidade. Antes, eu achava que essa minha vontade de fazer o novo, de enxergar na frente, de buscar outro tipo de realizações que minhas amadas amigas de 20 e poucos ainda nem sonham, fosse parte de uma ansiedade de adolescente. Hoje tenho certeza que não. Já vi, vivi e aprendi uma boa bagagem pra hoje esperar por outros bocados já.
Cresci cedo, como os mais íntimos dizem com um orgulho muito maior do que eu mesma sinto, mas hei de crescer mais, óbvio, aos pouquinhos, me deliciando com cada coisa nova. Há muito, aprendi a relevar julgamentos. Não me importo se me acham infantil por esse jeito leve que eu tenho de levar a vida e muito menos se, depois de um convite carinhoso pra ouvir uma boa música, fumar um bom cigarro e tomar uma boa caipirinha, eu escuto: - Carol, deixa de ser coroa!

terça-feira, julho 11

1.1

O estranho e o inusitado é que são inspiradores.

segunda-feira, julho 10

1.0

O perigoso, o novo, o complicado e o difícil é que me atraem.

versos mudos.

há uma hora eu tento escrever todo esse sentimento que está na ponta da minha língua. é uma sensação boa, um desejo novo, uma vontade grande e uma ponta de medo. sei bem o que é, mas ele insiste em não sair.
desisto...

quarta-feira, julho 5

ano novo.

2006 tá começando agora...
comecei a perder os 15 kg que achei em agosto passado;
vi um modo de ser econômica e manter uma mísera poupança;
tenho dormido bem menos (ou quase nada);
fiz uma tatuagem;
coloquei um piercing;
plantei uma árvore;
tenho lido 3 livros por mês e estudado (muito até);
fui ao rio;
fui ao interior do meu pai;
fui pra china (essa viagem ficou por conta dos ingênuos funcionários que me atendem depois de ter dito que faltaria por uma semana pra ir ao oriente - até hoje me pedem fotos);
me libertei de saídas bobas.
e blá blá blá, blá blá blá e blá blá blá, ....

2006 trouxe uma paz (meio torta), mas boa. 2006 levou a constante presença do passado.

se daqui pra frente, tudo vai ser diferente, que eu me adapte nesse meu mundo novo.
(que pra ser novo, de fato, precisa de você) - jamais entrei no seu mundo e jamais te convidei pro meu.

mas se esse encontro nunca se fizer, 2006 já terá valido a pena. só pelo tanto de coisas que pensei que "poderiam ter sido!"

terça-feira, julho 4

lembrete

nunca subestime um sorriso de menina.

quarta-feira, junho 28

lispector II.

"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.
Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável.
Essa terceira perna eu perdi.
E voltei a ser uma pessoa que nunca fui.
Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas.
Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar.
Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta,
era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma,
e sem sequer precisar me procurar."

lispector I.

"E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar.
Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida."

domingo, maio 28

desabafo.

não consigo não pensar que você era a minha chance de ser feliz.

quarta-feira, maio 24

verdade x vontade

tenho tentado, em vão, acalmar um coração que anda disparado sei lá por qual motivo.
tenho buscado, sem sucesso, controlar um corpo que desatou a comer.
tenho dormido, sem efeito, pra relaxar e conseguir a tão sonhada disposição.
tenho tentado apaziguar a minha felicidade e a minha tristeza (ultimamente elas aparecem e desaparecem na mesma hora. quando tenho uma, não quero a outra e quando estou sem nada, sinto o peso do vazio).
tenho sido alvo de um infeliz ciclo que, se for mesmo vicioso, tá numa crise daquelas.

e agora, que deveria cumprir com obrigações estudantis, precisei deixar aqui as palavras soltas acima e o verso feito abaixo:

escute o que diz seu coração
não fique em casa nesta sexta feira
tome café com muita Coca-Cola
não tenha medo de cair nesta farra
tenha relógio sem ponteiros
toque qualquer instrumento
não sinta frio nem calor,
não Durma quantas horas puder por vez
só fume quando beber,
mas beba quando quiser
escute o que diz seu coração e ignore-o quando convier
faça sempre o que der mais prazer
escute a música que gosta de novo
fale tudo que vier à mente
minta sempre que for necessário
dance, mesmo fora do compasso,
cante totalmente desafinado
só fume quando beber, Mas beba quando quiser
pois eu sou o assaltante da tristeza
e assim eu levo ela embora
eu quero as mãos pro alto
enquanto eu assalto Toda essa tristeza agora
escute o que diz seu coração
pratique esportes só se for na cama
mude de nome uma vez por semana
nunca baixe a cabeça pra nada
Pois nada vale o preço de uma risada
(B.Cavadão)

sábado, maio 6

cativou.

"E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto..."

terça-feira, abril 11

procura-se

se, de fato, há uma receita pra felicidade.
de duas uma: ou eu tinha e perdi
ou eu tinha e ela mudou.

versos feitos

eu fico aqui sonhando acordada
jun-tan-do
o antes
o agora
e o depois.

sábado, abril 8

sorte de hoje:

Seu sorriso singelo será sua salvaguarda garantida

quarta-feira, abril 5

diariamente

findo mais um dia cansativo e válido. saindo daqui às pressas pra não perder nem mais um segundo de sono. aliás, tenho sentido falta de deitar na cama, ouvir a chuva, ouvir uma música e pensar ou, simplesmente, não pensar em nada. ultimamente, tenho caído na cama e pufff.

terça-feira, abril 4

descrição.

são duas máscaras.
a vermelha, feliz, em cima.
a azul, triste, em baixo.
música e brilho ao redor.

A comédia e o drama estão sempre ali, dispostos lado a lado. Prontos pra serem consumidos, digeridos, absorvidos. Preços iguais, valores diferentes e respostas únicas.
Quando se está na platéia, entende-se quão fácil é decidir vestir uma máscara ou outra e percebe-se que ir de dez a um passa muito mais rápido do que de um a dez - pela simples analogia do "começar do zero".
Quase tudo vem em dois. Em par. Em concordância. Complemento. Oposição. Sinônimo. Antônimo. Tem o sim e o não que exigem a toda hora a escolha que implica na renúncia. Toda hora, escolhas e escolhas.
O vermelho lembra o coração, o amor. A força sangue (que invariavelmente me lembra escravos e me remete à garra da raça negra) que impulsiona.
Azul, pra mim é céu, onde olho quando tento achar quem não tá por perto; noite, ironicamente e tranquilidade.
Música e brilho fazem parte do mundo adquirido na infância e que tem se distanciado mas pelo qual deve-se lutar sempre. Trilha enche de magia qualquer espetáculo. Ela traz a força e a tranquilidade.
As máscaras e a música: paixão e vida. Não necessariamente nessa ordem. Juízo de fato.
Já o 'em cima' e 'em baixo', 'triste' e 'feliz' e quase todo o resto constituem-se em juízo de valor.

sapatilha

já que nesse país de dança não se vive, que ela me ajude a viver.

segunda-feira, abril 3

ilha.

Um querido me colou no msn um verso que me comparava a uma ilha. Justificando que tudo aquilo que vive cercado por tudo aquilo que o matou é uma ilha. Achei fofa a comparação e agradeço o cuidado que me inspirou. Eis a visão que tenho das ilhas:
Elas são um misto de magia, mistério e sensação.
Magia que invade os corações dos casais (drogados de paixão) e os acomoda na melhor cadeira pra ver o pôr do sol no fim da tarde.
Mistério que isola o executivo de todo o capitalismo e mesmo sem pôr fogo no escritório, aquilo não mais o incomoda.
E sensação, tão intensa, de que é preciso partir, cruzar o mar e chegar ao continente pra então poder seguir viagem.