só tenho a idéia de falar algo, quando a hora certa já passou. escuto sorrindo e, muitas vezes, fazendo parecer que não me importo, que não reparo, que não entendo. mas não. ali, fico cobrando de mim mesma respostas instantâneas. mas os instantes se desencontram nos caminhos confusos da minha cabeça. eu, que não sofro de ansiedade, vergonha ou medo, ainda assim, calo quando devo falar. simplesmente, porque as palavras me somem. ai, horas depois, dias depois, noites depois, me vem como inspiração tardia a palavra que me faltou. então, esse silêncio carregado da idéia que eu deveria ter tido naquela hora, com aquela pessoa, naquela situação, me tortura por remoer o que não foi.
volta, tempo.
Há 10 anos